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Este texto foi escrito em 14 de janeiro de 2021, quando muitos estão com a sensação de que estamos no olho do furacão da desinformação, da contrainformação, de manipulações e mentiras deslavadas. A pergunta que mais nos fazemos é: como saber se uma informação que chegou é verdadeira? Como tenho pensado muito sobre isso e evoluído muito no meu próprio discernimento, vou compartilhar aqui o que aprendi.
A primeira coisa importante é falar sobre o conceito de Verdade. Sempre tem alguém que vai dizer que a Verdade com V maiúsculo é imutável e eu concordo que existem algumas Verdades espirituais elevadas que são constantes. Mas o que complica nosso cotidiano não são essas grandes Verdades, são as verdades com v minúsculo que, se pararmos para refletir, são pontos de vista ou opiniões sobre a nossa realidade.
Só de trocar a palavra “verdade” por “opinião” ou “ponto de vista”, eu sinto que boa parte da carga emocional vai embora e muitas brigas e ofensas potenciais já são cortadas pela raiz. Então minha primeira sugestão é: troque as palavras na forma que você se expressa. Ao invés de se perguntar “O que fulano falou ou escreveu é verdade?”
procure usar “Eu concordo com a opinião de fulano?” ou “O ponto de vista de fulano ressoa comigo?”
Fazendo isso, ao invés de ficar irritada ou ofendida porque eu fiz o julgamento de que alguém estava mentindo pra mim, eu me abro para a possibilidade de que a outra pessoa tenha uma boa intenção e só tenha uma opinião diferente da minha. E mesmo quando eu discordo, ser capaz de ouvir alguém que tem um ponto de vista diferente do meu sem reagir emocionalmente, me permite avaliar aquele ponto de vista sem me sentir ameaçada e algumas vezes eu posso até mudar de ideia e concordar.
E aí chegamos no segundo ponto importante, resumido pelo ditado:
“Só os tolos jamais mudam de opinião.”
É natural e desejável que ao longo da vida a gente amadureça e aumente nosso conhecimento e sabedoria. Com isso, nossas opiniões e pontos de vista vão naturalmente mudando. O jeito mais rápido disso acontecer é expor-se a pontos de vista diferentes do nosso. Não é fácil no começo, mas ouvir calmamente os motivos que levaram alguém a pensar ou viver de uma determinada forma ou ter alguma opinião, sem ter a obrigação de concordar e ao mesmo tempo sem precisar se ofender, é a forma mais fácil da gente se questionar e evoluir. A sacada aqui é procurar as pessoas com pontos de vista diferentes do seu, mas que conseguem expressar suas opiniões sem a atitude de "donos da verdade". No começo, evite grupos e pessoas que xingam e zombam de quem tem opiniões diferentes. São poucos, mas existem! Conforme a gente vai se acostumando a ouvir os outros sem se ofender ou irritar, dá para começar a ouvir e ler gente mais inflamada. Hoje eu consigo ouvir gente mais exagerada, separando a informação que eu acho útil da parte que eu não concordo e simplesmente ignoro. Eu ainda me irrito ou ofendo com algumas coisas, mas ao invés de atacar o outro, eu me recolho e uso esse sentimento para investigar o porquê de me sentir assim. Isso significa que discutir é ruim? Não! Significa só que, pela minha personalidade, eu prefiro conversas calmas e longos momentos de auto reflexão do que discussões acaloradas.
O terceiro ponto é um aprendizado recente pra mim. Eu sou muito mental e geralmente avalio conceitualmente as ideias para escolher se concordo ou não. Mas recentemente me deparei com uma situação que me gerou um salto de consciência. Conversei várias vezes com uma pessoa bem intencionada sobre um modelo de negócios e analiticamente me parecia tudo bem. Até eu me perguntar “O que eu sinto em relação a esse modelo de trabalho?” e virem à tona vários sentimentos conflitantes. Tendo consciência de que é só meu ponto de vista e apenas prefiro trabalhar de outra forma, eu pude apresentar minha opinião sem julgar o que ela fazia. Não vou dizer que essa conversa foi fácil, nem que terminamos concordando no final, mas não teve briga nenhuma e ela me agradeceu por ter sido a primeira pessoa que claramente disse o porquê de não querer trabalhar daquela forma. O resumo do terceiro ponto é que é muito importante parar por um tempo e observar atentamente o que sentimos em relação a uma informação, opinião, filosofia, ponto de vista, proposta de trabalho, etc.
Mesmo quando toda a lógica faz sentido e as intenções são boas, é o nosso coração que vai indicar quando algo ressoa conosco, que é diferente de estar certo ou errado.
Então, da próxima vez que você encontrar uma mensagem, postagem, artigo, vídeo e afins com uma informação que você acha importante, antes de repassar, pare uns segundos e se pergunte: "o que eu sinto em relação a isso?" Intuitivamente nós sabemos o que ressoa conosco, mas na correria não paramos para sentir. Mesmo que você considere a informação ou quem disse verdadeiro, se você sente qualquer coisa negativa, disseminar isso é disseminar a negatividade. Se ainda assim você achar que a informação precisa ser divulgada, rescreva de uma forma positiva ou procure outra fonte que gere sentimentos positivos em você.
Agora que tiramos da frente a maior parte da informação que não ressoa com a gente, mesmo vindo de gente sincera e bem intencionada, vamos à parte que pega: como identificar gente intencionalmente mentindo, em especial no astral? A resposta é simples, mas exige treino:
é preciso estar continuamente consciente do que você sente e conectado com seu chacra cardíaco.
Muitos sapecas no astral se disfarçam de seres de alta consciência como Jesus, comandante Ashtar, Tupã, ou escolha o que você gosta. Acreditar no lindo ser de luz sem questionar não é diferente da criança que aceita o doce do estranho no parque. Preste atenção no que você sente diante desse ser e isso dirá se ele ou ela é quem diz ser. No meu caso, quando estou diante, por exemplo, de Mãe Maria - e olha que eu não sou católica - eu sou envolvida por uma grande sensação de paz e começo a chorar sem conseguir parar. Por isso, se eu encontrar uma dessas entidades no astral, por mais linda e luminosa que se mostre, se eu não sentir essa paz e um choro incontrolável, sei que estou diante de alguém que está se fazendo passar por outra entidade. Se você ficar na dúvida, preste atenção em outros detalhes importantes:
Seres de alta vibração nunca lhe pedem para fazer algo anti ético, imoral ou ilegal;
Seres de alta vibração nunca lhe dizem que é proibido ou que você não pode fazer algo, pois respeitam seu livre arbítrio. Apenas avisam das consequências de atitudes negativas para que você escolha o quê fazer;
Seres de alta vibração não julgam, não zombam, nem denigrem ninguém.
Para treinar essa conexão emocional pelo chacra cardíaco existem meditações simples e práticas que podem ser feitas em qualquer lugar sem tlh acharem estranho. Mas vou colocar em outro post para este não ficar longo demais e para quem quiser poder ir direto pra meditação.
Pelos registros akashicos podemos investigar mais a fundo essas informações também. Saiba mais sobre o curso em https://www.akashemoto.com.br/curso