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A clarividência é a habilidade de ver claramente uma pessoa, um objeto, um local ou um evento, por exemplo, sem usar seus olhos físicos.
Geralmente a clarividência é experimentada como uma imagem ou um filme que vemos na nossa “tela mental” e é mais fácil vê-la de olhos fechados pra que os nossos olhos físicos não atrapalhem e as imagens não fiquem sobrepostas.
Em um grau sutil, que é o mais comum, é possível ver flashes de fotos ou vídeos, com poucos detalhes, por uma fração de segundo. No grau moderado, a imagem ou filme fica por alguns segundos e já é possível ver alguns detalhes. Em um grau vívido, a visão interna é tão clara que seria equivalente a pegar uma câmera e sair filmando.
É possível também ter a sensação de bilocalização, que significa estar em dois lugares ao mesmo tempo. Nesse caso, a imagem não é plana e você olha o que está à sua volta como se estivesse realmente nesse outro lugar, semelhante a um jogo de realidade virtual.
É comum que pessoas com clarividência em grau vívido tenham episódios chamados “extra-sensoriais”. Ou seja, ao invés de verem só na tela mental interna, pode acontecer de verem com os seus olhos físicos algo que outras pessoas não conseguem ver. Por exemplo, ver vultos de canto de olho, pessoas que já morreram, anjos, fadas, extraterrestres, naves, objetos, etc. Inclui também a capacidade de ver a aura - campo energético ao redor de pessoas, animais ou plantas.
Isso me lembra que eu só descobri já adulta que as pessoas em geral não viam o que eu chamava de “fumacinha” em volta de tudo e que isso chamava aura...
Mas o que parece muito legal, na prática, não é bem assim. Quando meu terceiro olho abriu espontaneamente no final da década de 1990, eu via tudo isso. E chegou ao ponto em que eu não conseguia distinguir se uma pessoa ou objeto que eu via estava nesta realidade e era visto também por outras pessoas. Acreditem, não é nada divertido ter que perguntar se outra pessoa tá vendo o que você vê e ser considerada louca… E aí, pra lidar com isso, eu bloqueei esse sentido e, sem perceber, eu comecei a chamar tudo isso de “minha imaginação”. Só 20 anos depois eu entendi que minha “imaginação super fértil” era na verdade uma forma de clarividência.
Voltando ao tema: pessoas muito visuais têm mais propensão à clarividência. Geralmente essa tendência se expressa no dia-a-dia, por exemplo, pela habilidade de se localizar ou de resolver problemas espaciais, como mudar os móveis da sala ou fazer toda a bagagem caber dentro do porta-malas.
Como eu sou engenheira, durante a faculdade treinei muito visualizar mentalmente formas e equipamentos e desenvolvi ainda mais esse potencial no plano físico. Existem várias outras profissões de áreas completamente diferentes que trabalham muito o visual, como por exemplo um médico que visualiza mentalmente um órgão ou um artista que planeja uma escultura
A clarividência é uma habilidade muito desejada entre quem trabalha ou vive a espiritualidade e muita gente fica frustrada porque acha que não tem.
A primeira coisa que tenho a dizer sobre isso é que a clarividência é apenas 1 dos 8 "clarisentidos", então existem 7 outras maneiras de receber informação que você pode explorar. Mas falarei mais sobre isso depois, porque o assunto dá pano pra manga.
A segunda coisa é que é impossível você ter ZERO clarividência. O mais provável é que você nunca tenha prestado atenção e não tenha treinado para desenvolver essa habilidade. Isso não quer dizer que se você se esforçar muito, você será um “master clarividente”. Mas é possível sim chegar em um grau moderado de clarividência, prestando atenção à sua tela mental interior e treinando essa habilidade.
Para não ter nada de clarividência, você não seria capaz de ver nenhuma imagem em sua tela mental, em nenhum momento da sua vida, inclusive durante um sonho. Ou seja, se você é capaz de recordar imagens ou filminhos de qualquer sonho que você tenha tido ou se você é capaz de visualizar uma cena em uma meditação guiada, você tem algum grau de clarividência.
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