Há muitos anos, quando prestei atenção pela primeira vez nas "lendas" sobre a Atlântida, fui tomada por uma certeza de que havia existido algo anterior. Esse sentimento guiou magicamente minhas buscas pela internet e me levou direto para a Lemuria. Com muita facilidade eu encontrava livros, canalizadores e informação em geral sobre essa civilização perdida. Talvez por essa minha antiga e profunda conexão lemuriana, eu tenha "caído de paraquedas" em Telos durante uma meditação. (leia mais sobre essa história aqui)
Curiosamente, no final da década de 1990, eu tive um hábito no mínimo peculiar... Eu assistia vários programas do canal a cabo Discovery Channel sobre desastres naturais e sabia identificar e o quê fazer em caso de terremoto, tsunami, erupção vulcânica, furacão e até areia movediça. No entanto, nunca tive que usar esses conhecimentos incomuns, pois de alguma forma tenho um sensor interno que me afasta dos locais onde acontecerão tragédias, às vezes apenas por alguns minutos, mas tempo suficiente para que tudo tenha terminado.
Por muitos anos, tive muito pouco interesse pela Atlântida, a ponto de achar que nunca havia encarnado por lá... Eu não tinha nem ideia de que essas memórias haviam sido abafadas para ocultar eventos traumáticos, que aos poucos foram se descortinando.
Pelo que me lembro (no momento, porque aos poucos vou me lembrando mais e mais) já se sabia há muito tempo que um dia a Atlântida cairia. Sábios do passado já haviam profetizado a queda. Fazendo um paralelo com nossa realidade atual, seria como o esperado megaterremoto "Big One" da falha de San Andreas, que um dia destruirá boa parte da Califórnia. Ou seja, todo mundo sabe que um dia acontecerá, mas ninguém sabe ao certo quando e ninguém se preocupa muito com isso porque pode acontecer amanhã ou no próximo milênio.
Muitos atlantes sentiam que o fim se aproximava e alguns se prepararam para isso com anos de antecedência (mas isso é história para outro post). Alguns se mudaram da capital e foram habitar localidades remotas. Outros levaram parte da população e tecnologia para uma caverna subterrânea (que também é história longa para outro post). E outros, como eu, se voluntariaram para ficar na capital, durante a queda, para salvar o quê e quem fosse possível.
Eu me lembro apenas vagamente da sensação de desespero no ar, da correria, de tentar pegar apressadamente todos os documentos possíveis pra levar comigo. Eu não morri, pois já tinha me preparado para essa situação e tinha minha rota pessoal de fuga aérea. Mas não tenho - e nem quero ter - lembranças muito precisas do que aconteceu. Já basta ter vivido isso uma vez.