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Há alguns anos, Elaine viu durante uma meditação um grande demônio que parecia que a acompanhava ou talvez fosse algo dentro dela mesma. Pensar sobre isso era assustador demais e ela vinha carregando esse demônio sem saber o quê ou quem era.
Finalmente Elaine desejou encará-lo.
Um guia apareceu à minha esquerda para navegar os registros de Elaine. Era um jovem soldado que me levou a uma cidade europeia. Pelas roupas dele, imaginei que era da época das grandes guerras. Perguntei se estávamos na primeira ou segunda Guerra Mundial e ele respondeu "Primeira", antes que eu terminasse a pergunta.
A cidade parecia ser Londres e estava sob ataque. Vi Elaine como uma jovem mãe de 20 e poucos anos, com um filho de cerca de 3 anos e lindos cabelos loiros cacheados. Entrei na cena no momento em que o menino estava preso debaixo de escombros, logo após um bombardeio. Tinha as mãos esticadas em direção a Elaine, estava apavorado, machucado e pedia ajuda da mãe.
Então o instinto de sobrevivência de Elaine foi mais forte que seu instinto materno.
Ela abandonou o filho lá e saiu correndo para se proteger. O menino faleceu pouco depois e a mãe se salvou. Mas o horror de saber que ela abandonou o próprio filho assombrava Elaine até hoje e se apresentava na forma de um demônio para ocultar essa lembrança.
Minha intuição dizia que esse não foi o primeiro episódio entre os dois, então perguntei se algo semelhante havia acontecido antes.
Vi uma cena em que Elaine era uma mulher adulta e estava se segurando em um penhasco. Seu filho da primeira guerra mundial era então seu marido ou companheiro. Ele poderia tê-la salvo, mas seu instinto de sobrevivência foi mais forte que o amor que tinha por ela e a abandonou para salvar a própria vida. Elaine morreu em consequência disso.
Perguntei em qual época isso tinha ocorrido porque não conseguia ver claramente e o guia respondeu "irrelevante"... Perguntei se essa história havia se repetido muitas vezes e novamente ele respondeu "irrelevante"...
Chamei os corpos astrais dos dois e propus resolvermos a questão juntos. Pedi que cada um colocasse a mão direita sobre o chakra cardíaco do outro e se dessem a mão esquerda. Pedi que repetissem comigo:
Eu te perdoo
Eu me perdoo
Eu te amo
Eu me amo
Eu te liberto
Eu me liberto
Repetimos algumas vezes, mas não funcionou. Resolvi então "subir" e conversar com o Eu Superior de ambos. Neste nível, nos lembramos que nenhuma das nossas vidas é real.
Não há vítimas e não há carrascos.
Todas as experiências que eles tiveram juntos aconteceram de comum acordo. E eles escolheram passar por tudo aquilo juntos para saber como é.
Finalmente "caiu a ficha" e voltei para falar com os corpos astrais deles. Vi os dois chorando abraçados e se chamando de irmãos. Concluído o processo, eles agora estão livres para seguir cada um seu caminho.
Eu desconfiei do que vi porque achava que os bombardeios de Londres tinham ocorrido apenas na II Guerra Mundial e fui pesquisar na internet depois de fechar os registros de Elaine. Para minha surpresa, o que vi tem confirmação histórica: a Alemanha bombardeou Londres pela primeira vez há quase 95 anos, em 19 de janeiro de 1915, usando dirigíveis conhecidos como Zeppelin. Como o ataque aéreo mudou a concepção de guerra no ocidente e começou a atingir a população civil, imagino o assombro e desespero dos londrinos da época. Confira mais em
Durante a leitura akashica, a comunicação é telepática. Antes de formular uma frase de pergunta, já temos o conceito formado na nossa mente. Por isso, é comum receber a resposta antes de terminar de formular a frase da pergunta.
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